Crise do cacau - Teremos matéria prima para os próximos anos?
Com a queda nas entregas de cacau provenientes do continente africano, houve uma disparada nos preços nas bolsas de valores, deixando as fábricas de chocolate em estado de alerta. Para a próxima safra, a ICCO (International Cocoa Organization) estima um déficit global de mais de 400 mil toneladas de cacau. Mesmo com o aumento nos preços, o consumo de chocolate se mantém resiliente, segundo essa reportagem da Kantar, exacerbando o desequilíbrio na balança comercial e alertando sobre uma possível crise do cacau.
A situação é crítica e está longe de ser resolvida. Isso porque a crise climática é uma questão complexa que exige múltiplas ações, envolvendo não apenas todos os stakeholders, mas também políticas públicas robustas e eficazes.
No Brasil, diversos estados estão investindo na produção de cacau e implementando tecnologias no campo para aumentar a produtividade. Essas são ações estratégicas e relevantes, mas com o aumento das temperaturas e a seca dos nossos rios, precisamos ser mais ágeis nas causas climáticas para garantir que o fruto dos deuses continue disponível para a produção de chocolate.
Para as fábricas de chocolate, a recomendação é monitorar de perto o fornecimento de cacau, estreitar a relação com os produtores e compreender quais ações estão sendo implementadas, a curto, médio e longo prazo, nas regiões produtoras para garantir o abastecimento. Além disso, é essencial fazer parte de entidades representativas e participar ativamente das mudanças necessárias.
O consumo de chocolate está em crescimento, e a indústria precisa ser proativa para evitar rupturas no fornecimento de cacau e superar essa crise.
Confira nessa matéria estratégias para passar por esse momento de altas: Diversidade de Portfólio em Tempos de Crise: Lançamentos de novos chocolates